quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O PENSAMENTO FILOSÓFICO ENQUANTO SINÔNIMO DE COISA NENHUMA OU PORCARIA MESMO: A BUSCA PELA VERDADE

A mente é testemunha solitária dos conhecimentos que adquire (essa frase não é 100% original contudo serve para o propósito do texto), não tendo parceiros com os quais compartilhar suas dúvidas ou convicções. É como se a realidade tangível, por falsa, escondesse da razão sua verdadeira face, sob peles em camadas, cada qual mais espessa na medida em que aquela se aproxima do cerne essencial, da polpa verdadeira, obrigando a mente a despí-la mediante esforços grandiosos, deixando-se entrever a cada momento em uma tonalidade próxima daquela de que se reveste verdadeiramente, levando a razão a admitir que já conseguiu ultrapassar a última etapa antes do encontro desejado e final, quando o que quer mesmo é intimidar esse inimigo que se aproxima mais e mais daquilo que sua mais eficaz aliada, a aparência, não pode mais ocultar.

É somente quando a razão consegue vencer as enormes barreiras que se lhe opõem na busca pela verdade que esta se queda, mostra-se sem reservas ou subterfúgidos, dando-se em banquete, servida em taças de cristal, àquele que não cansou de esperar que a plenitude da luz do sol surgisse no horizonte, deduzindo-a a partir de quando os primeiros raios ousaram intimidar a escuridão.

A mente deseja toda a verdade, não apenas seus indícios. Quem se satisfaz com eles não pode ansiar nada além do medíocre, do mesquinho, visto que do sol não é a simples claridade que permite a vida ou a visão total dos elementos mas seus raios em plenitude. A verdade somente satisfaz a mente quando é apreendida em toda sua extensão, e o que quer que seja apreendido, não sendo em sua plenitude, é apenas impressão, podendo vir a se mostrar totalmente ou se ocultar para sempre tanto quanto as densas núvens venham a cobrir da vista o sol e no instante seguinte os olhos se entreguem à cegueira...

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