terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O TRISTE CAMINHO SEM O BRILHO DAS ESTRELAS

Terna visão das estrelas... Nos sonhos eu te via assim. Muito próxima do primeiro momento quando nos conhecemos. Tinhas a teu favor o brilho da lua refletido no olhar, e nele, um amor tão sublime que jamais meu coração avaliou possível de um dia findar.

Na transição das coisas, na passagem dos estados de tudo o que existe, muita coisa vai ficando perdida do caminho. A matéria de nossas existências se revelou frágil, volátil, inconsistente diante daquilo que a desafia: as decepções. A doença que nos abate, minha querida, parece ser muito mais eficiente em suas estratégias de destruição que o remédio sugerido por nossas almas ingênuas: o perdão que aparentemente tem o poder infalível de fazer retornar o viço da confiança, o brilho do sorriso amigo, tornou-se, em nosso caso, falho, inútil, impossível de curar a dor de nossos corações.

E morremos a cada dia e hora e instante, sem que percebamos o quanto já exalamos cheiro insuportável a quem um dia sentiu fluir do lábio do outro um aroma de rosas...

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